Reflexão final sobre experiência em PPeL

Ainda longe de ter adquirido competências, se assim se podem chamar, de aprendizagem conetivista, modelo sobre o qual ainda pressinto alguns constrangimentos que me deixam ainda inquieta, assumo (enquanto professora que fui) ter descoberto um “mundo” e caminhos de “ensino”- aprendizagem novos.

Ainda com um raciocínio/pensamento marcadamente linear, aquele que enraizei, fruto da educação (no seu sentido lato) que tive e de ainda alguma experiência presente, encontro-me atualmente a duvidar, a cada momento, das ideias/pensamentos surgidas (os), dos termos/ conceitos utilizados, da interpretação que lhes dou, do rigor científico que lhes é atribuído, etc.

Encontro-me, por enquanto, a processar todas as novas aprendizagens. Aprendizagens essas construídas de forma solitária e/ou colaborativa mas, muito e sobretudo através de estratégias de orientação/facilitação desenvolvidas com sensibilidade humana e social, e de grande profissionalismo.

Esta é, entre outras, a constatação de uma das minhas aprendizagens. O “exemplo” continua a ser algo de prevalecente em qualquer processo de ensino-aprendizagem.

Identifico dois momentos-chave da minha aprendizagem: antes e pós MOOC.

No primeiro momento, ainda com sensação aprazível de algum controlo sobre a minha aprendizagem: explorei/pesquisei/contactei (com) um modelo emergente – o conectivismo – e os seus principais mentores/incentivadores (T. Anderson, J. Dron, G. Connole, G. Siemens, entre tantos outros); explorei/comparei/confrontei “three generations of distance education pedagogy”e relacionei alguns autores; criei um artefacto “ Tango: the dance of Tecnology and Pedagogy” no Storify, que por sinal me deu imenso prazer em desenvolver; refleti, representei visualmente e descrevi o meu PLE, com igual (ou maior) gosto;

O que não consegui, foi conectar-me… partilhar interactivamente tudo, isto. Ainda tão aquém do potencial de tantos recursos e ferramentas disponíveis. Continuo a enviar documentos em PDF e a utilizar o meu blog enquanto repertório. Não serei a única, eu sei.

E eis que surge o MOOC. (Por incrível que possa parecer, a imersão durou apenas, verdadeiramente, cerca de duas semanas e meia).

Com o segundo momento, pós- OLDS MOOC 2012, surge a lúcida perceção de estar em pleno processo de desconstrução e, consequentemente, a entrar numa aprendizagem caótica. Perdi o rumo, vejo-me a correr atrás de milhões de pessoas, nada faz sentido…Não posso negar, nem se deverá negligenciar tal experiência, que determinados perfis (considerando como variáveis: a idade, características psicológicas, entre outras) talvez não se adaptem (facilmente) aos MOOCs. No entanto, aprendi que as infinitas interconexões (comunicações, partilhas, pesquisas,…), o tempo, o ritmo (pacing) e a intensidade da aprendizagem online podem ser muito invasores dos pensamentos, reflexões e do espaço privado, para não dizer intímo, que nos vemos obrigados(as) a partilhar…. Todas as ferramentas/recursos parecem estar formatados para isso.

Agora, no final, o efeito pós-MOOC ainda não passou e o processo de desconstrução continua…A aprender a (r)e-aprender.

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